Semana passada recebi um contato de uma seguidora, pedindo indicação de quais caminhos um profissional de Prevenção a Fraudes em inicio de carreira deveria tomar. É preciso ressaltar a imensidão que define esse assunto, pois alguns profissionais do próprio segmento, se perdem no momento de especificar a área de atuação (da empresa, da sua atividade, de uma vaga de trabalho, etc.). Hoje, as empresas “misturam” as definições: Compliance com Governança, com Riscos, PLDFT, Auditoria, Investigação, Fraude Interna, KYC, Background Check, Autorização/ Regras de Cartão e Cadastros (SRT, Falcon, Case, etc), Antifraude de compras on line, etc.
Na minha opinião, o momento atual, cuja área está mais aquecida, são das atividades relacionadas ao credenciamento (contas digitais, propostas de cartão, programas de recompensa, etc), e também, Autorização/Regras de Cartão de Crédito e Cadastros (SRT, Falcon, Case, etc), das empresas de Meios de Pagamento (cartão, pix, nfc), Fintechs, Bancos Digitais e Marketplaces.
A seguidora passou muito tempo trabalhando em processos manuais, onde o credenciamento tradicional ainda é muito dependente de um analista. Nesse sentido, atualmente, as empresas querem ser mais eficientes em resultados e performance, e por isso, processos manuais estão sendo substituídos por inovação e tecnologia.
Atualmente, para aprovações de credenciamento/onboarding e propostas de cartão, o foco principal é validar corretamente o cliente, realizando uma identificação eficiente, ágil e segura, por isso, além de dominar o KYC, é preciso conhecer procedimentos, ferramentas e parceiros com tecnologias atuais, que permitam rapidez e segurança das análises. Hoje, biometria, background check, sim swap, PID, esteira automática de aprovações, robôs (RPAs), são essenciais. Para quem vai atuar nesse segmento, eu recomendo que deem uma olhada nas empresas idwall, Caf, Harpia Consultoria e Prevenção à Fraude, Serasa Experian, Boa Vista e Stone Age.
Outra atividade em alta está relacionada à área de Autorizações/ Regras (SRT, Falcon, Case, etc), onde é preciso ter uma capacidade analítica para criar regras que evitem fraudes e prejuízos frente aos bilhões de transações realizadas, sem atrapalhar o fluxo de aprovações, evitando a fuga de clientes insatisfeitos com recusas indevidas, falsos positivos e outros gaps. Aqui, o foco principal é identificar corretamente o comprador, certificando-se que ele é realmente o titular da conta/cartão, e não um estelionatário/fraudador, utilizando um meio de pagamento, geralmente cartão de crédito fraudado, ou cujo produto sofreu alteração/invasão de identidade.
Para esse segmento, eu recomendo que deem uma estudada nas empresas/ ferramentas: FICO® (regras/antifraude/ataques de Força Bruta), Case Manager, das bandeiras Visa e Mastercard (que adota o SRT-motor de decisão e regras), na Konduto, na Infobip (tem sim swap/confirmação de titularidade), na Dock e na ClearSale.
TMJ
Grande abraço à todos !